Diretrizes Pedagógicas do ano de 2009 !




PROPOSTA PEDAGÓGICA
REDE MUNICIPAL DE ENSINO  DE PIRATUBA

DIRETRIZES PEDAGÓGICAS


PREFEITURA MUNICIPAL DE PIRATUBA

2009.
PREFEITO
Adélio Spanholi

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
Zuleide Ramos Ferreira da Rosa


DIRETORA DO DEPARTAMENTO  DE ENSINO FUNDAMENTAL
Enetilde Dalmagro Agostini


DIRETORA DO DEPARTAMENTO DE ENSINO -  EDUCAÇÃO INFANTIL
Carmen Teresinha Land



APRESENTAÇÃO


“Eu penso na educação ao contrário. Não começo com os saberes. Começo com a criança. Não julgo as crianças em função dos saberes. Julgo os saberes e função das crianças. É isso que distingue um educador. Os educadores olham primeiro para o aluno e depois para as disciplinas a serem ensinadas. Educadores não estão a serviço dos saberes. Estão a serviço dos seres humanos-crianças, adultos e velhos.”
“Deve-se ensinar o que vale a pena ser aprendido” (Rubem Alves)
.
            As palavras do educador Rubem Alves expressam, de maneira geral, o que os (as) educadores (as) da Rede Municipal de Ensino vêm discutindo há anos, e que resultou na presente publicação.
            Os (as) professores (as), procuraram redigir um documento transparente, coletivo, que refletisse o resultado dos debates da formação, dos encontros  daqueles que têm compromisso com a educação, independente de política e ideologia.
            O presente documento merece nosso reconhecimento pela legitimidade e consistência com que foi elaborado. A idéia desse trabalho, que não é conclusivo, mas aberto a outras experiências, é conclamar todos (as) os (as) educadores (as) para conhecerem mais de perto o processo de ensino e aprendizagem que a Rede Municipal de Educação vem desenvolvendo, bem como uma proposta curricular, em princípio conceitual, visando a um aprimoramento cada vez maior.

            A concepção de educação que perpassa a proposta elaborada pelo conjunto de professores(as) da Rede, reconhece o indivíduo como cidadão, isto é, capaz de assumir uma postura crítica e criativa diante do mundo. Mundo que se transforma com rapidez incrível, nos campos científicos e tecnológicos, desafiando cotidianamente os seres humanos com novos dilemas éticos, perante os semelhantes e a preservação do meio ambiente e a própria sobrevivência com dignidade, diante do poder  da comunicação que se tornou instantânea pelos meios informatizados.
            A criança que ingressa no ensino fundamental, ampliado para nove anos de duração, já está interagindo, não só com sua família, amigos de vizinhança, colegas da educação infantil, mas já é bombardeada pela mídia que ingressa maciçamente no seu lar, pela televisão, rádio e  eventualmente, jornais, internet, livros, com o que há de positivo, mas também um choque da realidade que torna o mundo presente na sua casa. A agressividade do mercado de trabalho compromete a estrutura familiar, ampliando a responsabilidade da escola na orientação do educando sobre valores indispensáveis à construção de uma sociedade mais justa e solidária.
            Deve-se ressaltar que esta proposta  curricular dá seqüência ao processo educacional iniciado na Educação Infantil da Rede Municipal de Educação dentro da política de integração dos dois níveis da Educação Básica, ampliando as oportunidades de ingresso na creche e nos grupos ou pré – escola, rumo à educação de zero a 14 anos.

            As propostas que compõem esta diretriz expressam esta orientação.


Zuleide Ramos Ferreira da Rosa
Secretária  Municipal de Educação


INTRODUÇÃO

Nestes últimos anos, a discussão acerca da ressignificação do currículo, decorrente da ampliação do tempo do ensino fundamental para 09 anos, com ingresso das crianças aos seis anos de idade, e, o objetivo de melhor subsidiar a elaboração dos planos de ensino das unidades educativas trouxe a necessidade de promover estudos para a sistematização de novos referenciais curriculares para a Rede Municipal de Piratuba. Neste sentido, o departamento de ensino desenvolveu e elaborou, de forma participativa com os(as) educadores(as) este documento.
Documento organizado por uma introdução que traz compreensões, princípios e orientações gerais, seguido por um capítulo que discute o atendimento na educação infantil, e outros, seguidos, organizados pelas áreas do conhecimento curricular. Capítulos que expõem e situam seu processo de discussão e elaboração, apresentando elementos da fundamentação da área, objetivos e conceitos/conteúdos, bem como, aspectos metodológicos e da avaliação, a serem contemplados enquanto currículo na educação básica.
A intenção ao sistematizar esta proposta com a rede para a rede é que estes sejam os referencias discutidos e assumidos pelos (as) educadores(as), juntamente com: Referencial Curricular para a Educação Infantil, Parâmetros Nacionais, Projetos Pedagógicos e elaboração dos currículos das unidades educativas, salvaguardando suas especificidades.
Esta proposta sugere referenciais na base da estrutura do sistema de ensino fundamental de 09 anos e do Sistema de Ensino Aprende Brasil, embora, sua organização, nas diferentes áreas do conhecimento, igualmente, contemplar o currículo do sistema de 08 anos. Neste sentido, cabe ao grupo gestor das unidades educativas mobilizar os(as) educadores(as) e promover a discussão e a adequação de seu projeto político pedagógico, a fim de contemplar estes referenciais, de acordo com as aprendizagens já realizadas pelos(as) alunos(as).


1.A PRODUÇÃO DE DIRETRIZES PEDAGÓGICAS PELA SECRETARIA MUNICIPAL  DE EDUCAÇÃO DE PIRATUBA

            A secretaria municipal de educação de Piratuba tem o currículo como uma constante nas suas discussões. Em 2002, produziu e publicou o primeiro documento, que trás referenciais curriculares a serem considerados pelos (as) educadores (as) ao elaborarem seus planos de ensino e projetos pedagógicos das unidades educativas.
Num resgate histórico feito pela secretaria municipal de ensino juntamente com os responsáveis pela educação, mostraram interesse nas discussões sobre currículos.
Assim, em 2009, a nova administração da secretaria municipal de educação, explicitou a intenção na revisão dos conteúdos programáticos, vinculando esta ação, a encontros pedagógicos.
Revelando assim, que a secretaria municipal de educação tem presente que o currículo deve ser objeto de constantes discussões e atualizações, centrando o compromisso na  qualificação da escola pública. Neste sentido, nenhuma proposta curricular pode se pretender definitiva. Reconhecer sua provisoriedade é aceitar as mudanças construídas na história, é adequar-se as diretrizes e legislação em vigor.
Com este entendimento a SME avalia, rediscute, reelabora, redimensiona projetos, amplia discussões, reconhece experiências, adequa-se à legislação, enfim, sistematiza, num documento, seu conjunto de diretrizes curriculares, aspirações e discussões e o torna público. Esta proposta não nega o que foi produzido na diretriz pedagógica anterior, contemplando, complementando e aprofundando princípios e concepções que se reafirmam e se fortalecem no processo.
2. NESTA CAMINHADA...

Reconhecemos que os princípios contidos na diretriz anterior continuam a impulsionar ações, programas, projetos, práticas pedagógicas, os índices de desempenho educacional na rede, o avanço das tecnologias da comunicação e da informação, a ampliação do tempo no ensino fundamental, entre outros, tem mostrado que é preciso estar atento para o que estamos fazendo e lançar um novo olhar sobre o currículo.
            Aqui, destaca-se a mudança do tempo do ensino fundamental para nove anos ( a lei 9394/96, em seus artigos 6º, 32,87 já sinalizava com a ampliação progressiva do ensino fundamental obrigatório e gratuito no Brasil. Este dispositivo legal é assumido no PNE (Plano Nacional da Educação – lei 10.172/2001) que a contempla em suas metas. A lei 11.114/2005 altera artigos e torna obrigatória a matrícula das crianças de 6 anos no ensino fundamental. Essa exigência transforma o tempo do ensino fundamental de 8 para 9 anos de duração, com matrícula obrigatória de  6 a 14 anos de idade.), que amplia não só a idade de escolaridade obrigatória, mas direitos e deveres de todos os cidadãos. Esta ampliação requer, além de outras responsabilidades, uma reorganização de tempos, espaços e currículos, uma vez que seu objetivo é “assegurar a todas as crianças um tempo mais longo de convívio escolar com maiores oportunidades de aprendizagens” (MEC,2004).
A organização deu-se pelos grupos por área de conhecimento, grupos de estudo, discutindo sobre objetivos, as concepções de aprendizagem que permeiam o processo educativo, os eixos norteadores e os conceitos/conteúdos a serem desenvolvidos na educação infantil e no ensino fundamental. Esse processo foi fundamental para a organização da proposta. Este esforço resultou numa versão preliminar do documento, fragmentado, que foi apresentado e defendido por cada grupo num encontro com todos os educadores(as), para que todos (as) os (as) presentes pudessem fazer a leitura e discutir, tecendo críticas, apontar sugestões.
O desafio ao elaborar este documento, foi guardar consonância com as diretrizes nacionais e o sistema de ensino Aprende Brasil e, ao mesmo tempo, garantir a identidade e autonomia dos grupos de discussão.
Destacamos que o currículo precisa ser atualizado permanentemente porque o conhecimento precisa acompanhar a dinâmica, o movimento de mudanças e transformações pelas quais passa a sociedade. Assim Ressignificar o currículo implica rever idéias, conceitos, metodologias, processos de aprendizagem; pensar o sujeito nas suas múltiplas dimensões, implementar práticas pedagógicas que contemplem a aprendizagem de todas as crianças e jovens. Neste sentido, a discussão pela qualidade do ensino seguiu as seguintes questões:

Qual a função social das escolas da Rede Municipal de Educação de Piratuba?

*      Para nós a função social da escola é transformar a informação em conhecimento científico, fazendo o aluno pensar e agir, ser crítico,podendo ter autonomia para opinar durante temas abordados em sala. Fazendo com que o educando se sinta integrante da sociedade e possa intervir na mesma.
*      Resumindo: ensinar, fazendo o aluno aprender os conceitos que são trabalhados em sala de aula, resultando em aprendizagem significativa e ativa.


O que pretendemos?

*      Que os alunos se tornem indivíduos pensantes, autônomos, críticos e ativos na sociedade, na vida e na caminhada escolar, capazes de exercer a cidadania, conhecedores de seus direitos e deveres.



Onde estamos?

*      Enquanto creche, no início de uma caminhada, em momento de reflexão, observação e análise do processo de  aprendizagens nas suas diferentes linguagens, buscando mudanças de concepção  e conceitos de creche,     (educar e cuidar).

*      Enquanto grupos: num processo de construção, aperfeiçoamento do conhecimento empírico/científico, propiciando o início da alfabetização, fornecendo subsídios para  que o aluno desenvolva as habilidades e competências.

*      Primeiro ano: Desenvolvendo na escola, um trabalho que relaciona o  conhecimento real do aluno com o conhecimento científico necessário, e as práticas sociais do cotidiano.

*      Segundo ano:Considerando nosso município, quanto a infra-estrutura, estamos dentro das normas exigidas pelo MEC.
      Nossa educação está passando por um momento de reflexão, de mudanças (ensino de nove anos) de aprimoramento(cursos) e de                   adaptação (livro didático), pensando em uma educação de qualidade.
Para tanto, é muito importante construir, enquanto professor e escola, um  ambiente de ensino e aprendizagem adequado às necessidades do educando.

*      Terceiro ano: Estamos nos organizando, definindo metas, estratégias e ações que nos conduzam a uma educação de maior qualidade.

*      Quarto ano: Numa sociedade onde a função social da escola está associada a envolvimento interpessoal.  Precisamos nos impor e rever a verdadeira função da escola, e isso ocorre a partir de uma reflexão constante e consciente do seu papel.

*      Língua portuguesa: Vivendo um momento de constante busca, análise, transformação e apreensão do conhecimento.
*      Matemática: Na era da informática, com várias fontes de informação, mas estas não chegam a todas as escolas da rede, uma grande maioria dos nossos alunos não tem  acesso aos meios tecnológicos.

*      Estamos bem amparados enquanto material didático, mas, nos falta ampliar a carga horária das aulas(dentro da proposta do sistema positivo são seis aulas semanais).

*      Ciências: Piratuba, se comparada com outros municípios está em um ponto mais avançado, porém, considerando a escola que queremos, estamos em constante busca de melhorias para a educação de sucesso.

*      Geografia: Em uma sociedade onde  a busca por um ideal de ter ou ser, muitas vezes ultrapassa os princípios. Onde acabamos deixando de lado os valores éticos  e muitas vezes até os morais para alcançar  nossos objetivos.

*      Artes: Em um processo avançado dentro de um mundo globalizado, que exige inovação, qualidade, competência e agilidade.
*      História: Enquanto educadores, no papel principal de mediadores, momento de reflexão, de adaptação do material do sistema de ensino.
*      Enquanto escola, espaço de mediação.
*      Enquanto aluno, há necessidade de se rever valores éticos

*      Educação física:Em um processo contínuo, buscando aprimorar as habilidades motoras dos educandos para uma educação de qualidade.

*      Inglês: Em um processo avançado dentro de um mundo globalizado, que exige inovação, qualidade, competência e agilidade.


3. PARA ONDE VAMOS?

            A escola que temos não é a que queremos. Certeza confirmada pelos educadores (as) nos encontros. Estes dados aliados aos avanços tecnológicos que se processaram nas últimas décadas e o advento das novas tecnologias da informação e comunicação que vem para dinamizar o processo de aprendizagem incitam o pensar sobre o quê se está fazendo e na mudança do processo de ensino e aprendizagem de forma a contemplar a função social da escola pública.
É necessário oportunizar o acesso e qualificar a permanência de todas as crianças e jovens na escola; ter o domínio da leitura e da escrita, aprender conhecimentos produzidos historicamente e valorizados pelo tempo, e, fazer uso deste referencial nas práticas sociais. Aliado a isso é importante que cada criança esteja aprendendo na sua idade/ano-série.
Em síntese, as concepções delineadas e que fundamentam este documento pautam-se nos princípios constitucionais da cidadania, da democracia e da participação social.
Neste sentido  o papel da escola no século XXI, está pautado em metas que   as Unidades Educativas devem  fornecer aos seus educandos:
- Dar conta do ensinar-aprender, sem reter demais e retirar dos alunos o direito de aprender; porém, também sem fazer de conta que eles estão aprendendo enquanto, na realidade, não estão;
- ser concebida como instituição histórica, que exige a continuidade de alguns  aspectos e a ruptura de outros;
- ser uma escola mais engajada com a comunidade na qual está inserida; eleger valores humanos  fundamentar seus princípios educacionais.
- aprender com o passado, com o presente e se projetar para o futuro;
- conceber a coletividade e integrá-la ao  conceito de individualidade;
- fomentar a comunicação e a expressão através das mais variadas linguagens;
-desenvolver processos de ensino e aprendizagem a partir da pesquisa, considerando todos os passos necessários;
-valorizar as relações e a sensibilidade, além de responsabilizar-se pela articulação do conhecimento;
- acreditar nas possibilidades de seus aprendizes;
-promover situações de aprendizagem e avaliação que concebam uma análise quantitativa  e qualitativa da aprendizagem;
-integrar o conhecimento, relacioná-lo à realidade e assimilar o papel de articuladora de informações e conhecimento que já não  acontecem mais, somente, no espaço da escola;
-desenvolver a capacidade de argumentação de todos os seus protagonistas;
-conceber a dificuldade de aprendizagem e de comportamentos como desafio e não como uma carga;
- considerar a reflexão sobre a ação indispensável para que possa colocar o discurso em prática;
-dinamizar suas práticas educativas, reformular metodologias, considerando o momento histórico no qual vivemos;
-utilizar-se dos recursos da tecnologia como instrumentos e não como centro do processo de aprender.


Concepção de escola:

A escola deve ser um espaço de formação  e informação, em que a aprendizagem de conteúdos sejam favoráveis a inserção do aluno no dia-a-dia da sociedade e em um universo cultural maior.
A formação escolar deve possibilitar e desenvolver as capacidades cognitivas e apreciativas, levando a compreensão dos fenômenos  sociais e culturais e a intervenção neles, assim como favorecer aos alunos o usufruto de manifestações culturais e universais.
Pelo fato de trabalhar com conteúdos e desenvolver modalidades de pensamento bastante específicos, a escola tem um papel diferente e insubstituível no que diz respeito a apropriação, pelo sujeito, da experiência cultural.
Por isso, a escola representa um elemento imprescindível para o desenvolvimento pleno dos  indivíduos que vivem numa sociedade letrada, já que promove um modo mais sofisticado de analisar e generalizar os elementos da sociedade: o pensamento conceitual.
Na escola, as atividades educativas são sistemáticas, tem uma intencionalidade deliberada e um compromisso explícito: tornar acessível o conhecimento formalmente organizado.
Ao adquirir esses conhecimentos, o ser humano transforma-se: aprende a ler e a escrever, obtém o domínio de formas complexas de cálculos, constrói significados a partir de informações diversas, lida com conceitos científicos hierarquicamente relacionados, o que possibilita novas formas de pensamento e de inserção e atuação em seu meio.
A função da escola distingue de outras práticas educativas, como as que acontecem na família, no trabalho, na mídia, no lazer e nas demais formas de convívio social, por constituir uma ajuda intencional, sistemática, planejada e contínua para crianças e jovens  durante um período contínuo e extensivo de tempo. Ao proporcionar um conjunto de práticas preestabelecidas, a escola tem propósito de contribuir para que os alunos se apropriem de conteúdos  sociais e culturais de  maneira crítica e construtiva.


CONCEPÇÃO DE ALUNO

A concepção da criança como um ser social, psicológico  e histórico deverá  ser referencial básico para proposição de atividades coerentes com as séries/anos iniciais e finais a que se destina o material didático, assim como a proposta sociointeracionista, que tem como base  questões relevantes para a prática democrática e transformadora da realidade.
Queremos formar cidadãos, competitivos e capacitados o bastante para  serem agentes transformadores de sua própria vida e da realidade que os cerca.
A criança está imersa, desde o nascimento, em um contexto social que a identifica, ela se desenvolve desde cedo com a experiência histórica dos adultos e do mundo por eles criado. A  medida que o aluno, na escola, expande seus conhecimentos, modifica sua relação cognitiva com o mundo e age e interage com esse saber, ele pode atuar criticamente tanto na ordem social, como na ordem política e econômica.

CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM.

O professor deve ser um intermediário entre aluno e o conhecimento e deve ser reconhecido como alguém que sabe mais, sendo, portanto, um informante valorizado, o que não quer dizer que deva atuar como  senhor absoluto do saber.
O professor deve intervir no sentido de assegurar ao aluno, dentro da escola, condições  favoráveis de aprendizagem, planejando.
A  abordagem sociointercionista afirma o papel mediador dos padrões culturais para integrar, num único esquema explicativo, questões relativas ao desenvolvimento individual e a  pertinência cultural, a construção de conhecimento e a interação social a que pertence. Nesse processo, o desenvolvimento pessoal e a aprendizagem da experiência humana culturalmente organizada, ou seja, socialmente produzida historicamente acumulada, não se excluem nem se confundem, mas interagem. Daí a importância das interações entre crianças e destas com parceiros experientes, dentre os quais se destacam professores e outros agentes educativos.
O conceito de aprendizagem significativa, centrada na perspectiva sociointeracionista, implica, necessariamente, o trabalho simbólico de significar a parcela da realidade que se conhece. As aprendizagens que os alunos realizam na escola serão significativas à medida que consigam estabelecer relações substantivas e  não-arbitrárias entre os conteúdos escolares  e os  conhecimentos previamente construídos por eles, num processo de articulação de novos significados.
Cabe ao educador, por meio da intervenção pedagógica, promover aprendizagem com maior grau de significados possível, uma vez que esta nunca é absoluta. Sempre é possível estabelecer algumas relações entre o que se pretende conhecer e as possibilidades de observação, reflexão e informação que o sujeito já possui.
A aprendizagem  significativa implica sempre alguma ousadia: diante da situação-problema proposta, o aluno precisa elaborar hipóteses e experimentá-las. Fatores e processos afetivos, motivacionais e relacionais são importantes nesse momento. Os conhecimentos gerados na história pessoal e educativa têm um papel determinante na expectativa que o aluno tem da escola, do professor e de si mesmo, nas suas motivações, nos seus interesses e em seu autoconceito e sua auto-estima.
Assim como os significados construídos pelo aluno estão destinados a ser substituídos por outros  no transcurso das atividades , as representações que o aluno tem  de si  de seu processo de aprendizagem também. É  fundamental, portanto, que a intervenção educativa escolar propicie um desenvolvimento em direção a disponibilidade exigida pela aprendizagem significativa.

Para que a escola cumpra esse papel, será preciso que ela:

- amplie os conhecimentos   socialmente construídos, partindo daquilo que as crianças já sabem e tendo como limites apenas suas necessidades cognitivas e a perspectiva de aprendizagem;
- constitua-se num espaço onde as crianças possam compartilhar e confrontar com outras crianças e com adultos suas idéias de mundo físico e social pela interação entre si, com a natureza entre si, com natureza e com a sociedade;
-conscientize-se de que esse conhecimento não  constitui-se em cópia da realidade, mas sim em fruto de um intenso trabalho de:

CRIAÇÃO: FAZER.
SIGNIFICAÇÃO: CONHECER.
RESSIGNIFICAÇÃO: SER E CONVIVER
Ao interagir com esses conhecimentos, o aluno se transforma: desenvolve habilidades, brinca, joga, aprende a ler, obtém o domínio do raciocínio lógico matemático, constrói significados a partir das informações descontextualizadas, amplia seus conhecimentos, lida com conceitos científicos.


ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS.


O acesso ao Ensino Fundamental está garantido pela Constituição Federal de 1988, Art.208. A normatização desta ocorreu pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n° 9394/96, reforça o princípio do direito á educação, o dever do Estado e a oferta de instituições particulares.
No processo de ampliação, a criança de seis anos passa a fazer parte do Ensino Fundamental  de nove anos. É  importante assegurar a essa faixa etária o estímulo das diversas expressões e de todas as áreas do desenvolvimento infantil, possibilitando-lhes a alfabetização e o letramento, pois a criança terá mais tempo para se apropriar desses conhecimentos.
Para o processo de inclusão de crianças de seis anos no Ensino Fundamental obter êxito, é necessário manter um diálogo com a Educação Infantil e dar continuidade aos processos de aprendizagem. Portanto, não deve haver rupturas na passagem da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. O iniciar mais cedo deve ser visto como oportunidade para se apropriar de uma série de conhecimentos fundamentais para o domínio da escrita alfabética e das práticas de leitura, compreensão e produção de textos.  
 No entanto com essa medida, o Estado reafirma o Ensino Fundamental objetivando ainda:

a)      melhorar as condições de equidade e de qualidade da Educação Básica;
b)      Estruturar um  novo ensino fundamental para que as crianças prossigam nos estudos, alcançando maior nível de escolaridade.
c)       Assegurar que, ingressando mais cedo no sistema de ensino, as crianças tenham um tempo mais longo para as aprendizagens da alfabetização e do letramento;
d)     O prazo para que todos os sistemas de ensino planejem, implantem o ensino fundamental de nove anos é o ano letivo de 2010, conforme  a Lei nº 11.274/06, ou seja, deve estar planejado e organizado até o final de 2009.
e)      Neste sentido conforme resolução nº 05/2009, de 18 de dezembro de 2009, do Conselho Municipal de Educação,  dispõe sobre as normas de estruturação e organização do  Ensino Fundamental dos nove anos, visando uma aprendizagem mais significativa.

NORMATIZAÇÃO:
O amparo legal para a ampliação do Ensino Fundamental constitui-se dos seguintes dispositivos:

→Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 – artigo 208.
    Lei nº 9.394, 20 de dezembro de 1996-  admite a matrícula no Ensino Fundamental de nove anos, a iniciar-se aos seis anos de idade.

    Lei nº 10.172, de  09 de janeiro de 2001- estabelece o ensino fundamental de nove como meta da educação nacional.

    Lei nº 11.114, de  16 de maio de 2005

    - altera a LDB e torna obrigatória a matrícula das crianças de seis anos de idade no Ensino Fundamental.

    Lei nº 11.274, de 06 de fevereiro de 2006 – altera a LDB e amplia o Ensino Fundamental para nove anos de duração, com a matricula de crianças de seis anos de idade e estabelece prazo de implantação pelos sistemas, até 2010.

    - Resolução do CME nº 05/ 2009 que fixa normas para  a organização do ensino dos 09 anos.

    POSSIBILIDADES DE ORGANIZAÇÃO.

De acordo com a LDB, Art. 23, a educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.
Ensino fundamental
Anos iniciais
Anos finais
1º ano
2º ano
3º ano
 4º ano
5º ano
6º ano
7º ano
8º ano
9º ano

FINALIDADES:

Objetivo da educação Infantil

  A Educação Infantil deve ser orientada pelo princípio básico de procurar proporcionar à criança, o desenvolvimento da autonomia, isto é, a capacidade de construir as suas próprias regras e meios de ação, que sejam flexíveis e possam ser negociadas com outras pessoas, sejam elas adultas ou crianças. Obviamente, esta construção não se esgota no período de 0 aos 6 anos de idade, devido às próprias características do desenvolvimento infantil. Mas tal construção necessita ser iniciada na Educação Infantil.Se pretendermos o desenvolvimento integral e a construção da autonomia infantil, devemos proporcionar a criança situações em que ela possa vivenciar as mais diversas experiências, fazer escolhas,tomar decisões, socializar conquistas e descobertas. Vale ressaltar que não se trata de um trabalho espontaneísta, onde o adulto não organiza objetivamente as atividades oferecidas às crianças assumindo um papel de mero espectador, que observa o desenvolvimento dos pequeninos. Trata-se de uma organização do trabalho pedagógico em que o adulto/educador e as crianças têm ambos, papéis ativos. Cabe ao educador pesquisar e conhecer o desenvolvimento infantil.
A SME entende que, trabalhando com crianças a partir de quatro meses, é necessário satisfazer seus alunos em  suas necessidades afetivas,sociais,cognitivas e físicas, com uma pedagogia ativa onde a experimentação é o ponto de partida e de chegada, tendo como perspectiva de homem um cidadão que possa atuar na sociedade de forma autônoma, consciente de seus direitos e deveres,crítico e feliz. Estabelecer uma boa integração com a família é de grande importância para a SME. Buscamos com esta parceria, assegurar ao aluno uma unidade em sua formação geral.

 OBJETIVO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Ensino fundamental deve garantir as oportunidades educativas requeridas para o atendimento das necessidades básicas de aprendizagem das crianças e adolescentes.

Tem por finalidade o domínio dos instrumentos essenciais a aprendizagem, a leitura, a escrita, a expressão oral, a expressão corporal, o cálculo, a busca de informação, a resolução de problemas e a compreensão e elaboração de projetos de intervenção na realidade;
Sendo assim, prioriza o domínio de conhecimento cognitivo, afetivo, artístico, motor, espacial, lingüístico, estético, lúdico, ético e  social, bem como, procedimentos gerais e específicos, valores e atitudes fundamentais a  vida pessoal e a convivência social solidária e democrática.
Por meio dos referenciais da Lei 9394/96, que traça as diretrizes e bases da educação nacional, vemos que:
  • O Art 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão.
  • Atendendo a lei n° 101172/2001, incluindo o 1°ano do Ensino Fundamental de nove anos. Essa Lei tem como meta a implantação progressiva do Ensino Fundamental de nove anos até 2010. No entanto, os  objetivos da Lei anterior permanecem, o que  possibilita  a criança uma aprendizagem melhor, mediante:

- o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;

- a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

- o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

- o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em  que se assenta a vida  social;
-Construir a compreensão da cidadania e participação social;
- Desenvolver pensamento crítico e ético;
- Possibilitar a construção do conhecimento sobre o Brasil em todas as suas dimensões, valorizando a pluralidade do seu patrimônio sócio-cultural;
- Desenvolver no educando o autoconhecimento, a autoconfiança, autovalorização e a sua percepção como agente questionador e transformador da realidade;
- Construir a capacidade de utilização das diferentes linguagens, da lógica, da criatividade, da instituição para a construção do conhecimento;
- Orientar sobre a possibilidade de uso dos multi-meios de informação.
Desenvolvimento e aprendizagem interrelacionam-se desde o momento em que a criança nasce; ou seja, a constituição do sujeito resulta de um movimento dialético entre aprendizagem e desenvolvimento.
DESENVOLVIMENTO: Complexo processo cujos pontos nodais, de virada, estão constituídos pelas crises, momentos em que se produzem saltos qualitativos que modificam todo o conjunto das funções psicológicas superiores e suas interrelações:

“No processo de  desenvolvimento, a criança se arma e se rearma com diferentes ferramentas. A criança de grau superior se diferencia de outra de grau menor pela medida  e o  caráter de seus meios, de seus instrumentos, quer dizer, pelo grau  em que governa sua própria conduta” (Vygotski, 1987: p. 162)

APRENDIZAGEM: processo de apropriação dos conhecimentos historicamente construídos, via relações sociais. Visto que o homem é tido como sujeito ativo, destaca-se que a apropriação não se dá de forma passiva, isto implica transformação de conteúdos ensinados, propriedade que remete ao papel estruturante do sujeito. Ressalta-se pois que:
... “ longe de ser uma cópia do plano externo, o funcionamento interno resulta de uma                               apropriação das formas de ação, que é dependente tanto de estratégias e conhecimentos dominados pelo sujeito, quanto de ocorrências no contexto interativo” (Vygostski, 1987 p.18)
            TEORIA
 SÓCIO - INTERACIONISTA

            Em princípios  básicos da Proposta Curricular do Estado de Santa Catarina, o objetivo é desenvolver a pedagogia integral e participativa. Neste sentido, delineamos importantes aspectos teóricos que embasam a prática pedagógica.
            Do ponto de vista filosófico nos apoiamos na abordagem dialética, na qual o ser humano só se modifica na relação com o outro e, ao mesmo tempo, modifica o outro. Na lógica dialética o social constitui o individual. Portanto, assumimos a matriz   interacionista para a construção de nossas diretrizes pedagógicas.
 Destacamos alguns teóricos para a fundamentação de nosso trabalho:

*      É importante ter clareza da diferença entre construtivismo e sócio-interacionismo: no construtivismo a criança precisa ter maturação para aprender, já no sócio-interacionismo o professor estimula para que a criança aprenda.

*       Vygotsky: valoriza a memória seletiva, o pensamento abstrato, a atenção concentrada, a vivência emocional e a intencionalidade da ação.

*      Wallon: o ser humano se desenvolve através do conflito, da construção progressivamente. Porém, o desenvolvimento não é igual e estático, dependendo das vivências e dos conflitos de cada criança.

*      Ausubel: valorização do conhecimento prévio do aluno, partindo do que ele já sabe.
*      Rego: elaboração de hipóteses de como as características humanas se formam ao longo da história e de como se desenvolve durante a vida do indivíduo.

Porém, há momentos em que adotamos posturas de outras teorias para resolver situações problemas.

PAPEL DA ESCOLA SÉCULO XXI.

- Dar conta do ensinar-aprender, sem reter demais e retirar dos alunos o direito de aprender; porém, também sem fazer de conta que eles estão aprendendo enquanto, na realidade, não estão;

- ser concebida como instituição histórica, que exige a continuidade de alguns  aspectos e a ruptura de outros;

- ser uma escola mais engajada com a comunidade na qual está inserida, eleger valores humanos,  fundamentar seus princípios educacionais;

- aprender com o passado, com o presente e se projetar para o futuro;

- conceber a coletividade e integrá-la ao  conceito de individualidade;

- fomentar a comunicação e a expressão através das mais variadas linguagens;

-desenvolver processos de ensino e aprendizagem a partir da pesquisa, considerando todos os passos necessários;

-valorizar as relações e a sensibilidade, além de responsabilizar-se pela articulação do conhecimento;

- acreditar nas possibilidades de seus aprendizes;

-promover situações de aprendizagem e avaliação que concebam uma análise quantitativa  e qualitativa da aprendizagem;
-integrar o conhecimento, relaciona-lo a realidade e assimilar o papel de articuladora de informações e conhecimento que já não  acontecem mais, somente, no espaço da escola;

-desenvolver a capacidade de argumentação de todos os seus protagonistas;

-Conceber a dificuldade de aprendizagem e de comportamentos como desafio e não como uma carga;

- considerar a reflexão sobre a ação indispensável para que possa colocar o discurso em prática;

-dinamizar suas práticas educativas, reformular metodologias, considerando o momento histórico no qual vivemos;

-utilizar-se dos recursos da tecnologia como instrumentos e não como centro do processo de aprender.

ARTICULAÇÃO NOS ESPAÇOS DA ESCOLA.

A escola é uma das principais responsáveis pela inserção do sujeito nos eventos  de letramento e numeramento, nas diferentes situações de  uso significativo da leitura  e da escrita, portanto:

  • O planejamento anual, bimestral, trimestral, mensal ou semanal deverá ser articulado com os diferentes  educadores, preferencialmente cada um na sua área especifica. Os espaços da escola também  devem ser planejados como por exemplo, biblioteca, sala informatizada, laboratório de Ciências, Artes, refeitório, quadra,, parques, dentre outros no entorno social, visando o desenvolvimento do processo aprendizagem.


  • É  preciso, ter clareza na definição da responsabilidade específica e do papel  de atuação interventora e mediadora de cada educador(a) na lida com crianças aprendizes. Porém, cabe a  Equipe Pedagógica e ou diretor (a) coordenar o planejamento e a reflexão  da prática pedagógica num processo contínuo e permanente.


  • É  importante programar e organizar visitas de forma orientada em cada um dos ambientes de aprendizagem existentes na escola e no entorno social, destacando suas finalidades, regras de funcionamento e recursos disponíveis para o desenvolvimento de atividades de aprendizagem diversificadas.

  • É imprescindível que o administrador Educacional ou outro profissional responsável indicado pelo diretor de cada unidade educativa proceda um levantamento de todos  os recursos didático-pedagógicos para o conhecimento  dos(as)  professores (as) e conseqüentemente disponibilizá-los para o uso na ação pedagógica cotidiana.

  • Estar  atento para não  expor informações e quadros de forma excessiva em sala  de aula, gerando poluição visual e perceptiva, dificultando o entendimento das mesmas (os)  pelas crianças. Quando ocorre a publicização de cartazes, documentos, trabalhos e  outros, deve-se expor o material revisado ou com considerações escritas do(a) educador(a) sobre  o trabalho realizado e sua intenção.

Dispor de tapetes e almofadas, quando for possível, para  desenvolver atividades relacionadas à hora do conto, troca de idéias e novidades, dentre outras, quando for no coletivo da turma.

É imprescindível organizar a biblioteca de forma para estudos e pesquisas, bem como informatizada.

ORGANIZAÇÃO DO TEMPO E DO ESPAÇO

A organização dos espaços na escola deve propiciar infinitas interações da criança no contexto do letramento, mediada por sujeitos capazes de ler, escrever e contar, estabelecendo relações com o mundo.

ORGANIZAÇÃO DA SALA DE AULA.

            →  As crianças deverão sentar, em círculo, em grupo, ou individualmente, dependendo do momento pedagógico planejado, evitar que sentem em fileiras, simplesmente umas após as outras de forma permanente;

            →Os registros diários das crianças deverão ser feitos em um único caderno demonstrando os conhecimentos que  estão sendo apropriados, propostos nas atividades significativas e desafiadoras, capazes de impulsionar o desenvolvimento das crianças e de ampliar as suas experiências e práticas sócio-culturais;

            → A sala deverá ter quadro do alfabeto contendo 26 letras em ordem alfabética;
                  Sendo  caixa alta, script e cursiva  para as séries/anos iniciais e caixa alta para a Educação Infantil, em local visível as crianças.
            → A sala deverá ter um quadro com algarismos de 0 a 9, dezenas,  e suas respectivas quantidades; e assim gradativamente.

            →É   importante, também, ter no mínimo, os seguintes materiais na sala de aula:
·         Quadro de todos os nomes das crianças, crachás individuais ( primeiro nome de um lado e nome completo do outro);
·         Calendário mensal – dia/semana/ estação do ano ou característica do tempo.
·         Gráficos diversos - com idade, altura, gêneros (sexo), peso e outros dados, sempre que for  necessário sistematizar  informações.
·          Mapas ( histórico, hidrográfico, político, relevo ) materiais científicos. 
·         Maquetes e infográficos  dentre outros, sempre que for necessário vincular aos temas abordados nas áreas do conhecimento.
            →Os jogos pedagógicos deverão ser distribuídos nas salas de aula para uso cotidiano das crianças  e periodicamente circular entre as turmas.
            →Dicionários devem  permanecer nas  salas de aulas para uso cotidiano das crianças.
            →As caixas de material dourado , Blocos Lógicos, Tangran deverão ser distribuídos nas salas de aulas  para uso cotidiano das crianças, e usados como apoio na compreensão dos conceitos  Matemáticos.


Montar um canto de leitura
Com uma diversidade de livros de literatura contos, histórias só com imagem, receitas, , cantigas, crônicas, poesias,, lendas, fábulas, parlendas, travalínguas e outros, bem como Gibis e livros de história em quadrinhos e tiras, revistas – Ciências Hoje para Crianças, jornais e outros.
Organizando o espaço ( em estantes ou outros equipamentos ou móveis, mas de forma estética de se apreciar e convidativo para leitura) e o tempo para o acesso  aos livros e leituras em momentos diversificados na sala de aula.

ORGANIZAÇÃO DO CURRÍCULO

Alfabetizar no contexto do Letramento concebe este processo através dos seguintes objetivos gerais a serem alcançados ao final da alfabetização:
- ser encorajados a pensar, a discutir, a conversar e especialmente, a raciocinar sobre a escrita alfabética;
- tornar-se protagonistas nas atividades humanas de situações comunicativas usando as diferentes linguagens midiáticas na convergência à tecnologia digital;
-aprender a ler e a escrever diferentes gêneros textuais, selecionando os gêneros adequados a diferentes práticas sociais das atividades humanas de situações comunicativas, considerando o contexto, as intenções e interlocutores nas diferentes áreas do conhecimento;
- tornar-se um ser integrante da comunidade de leitores, compartilhando diferentes práticas sociais de leitura considerando as habilidades de compreensão medidas pela escrita;
- conhecer e vivenciar o tratamento didático da leitura no cotidiano da sala de aula com diferentes tipos de leitura de pesquisa, para a aprendizagem, espontânea e resolutiva;
-saber adequar seu discurso as diferentes situações de oralidade, considerando o contexto, intenções e os interlocutores, práticas sociais das atividades humanas de situação comunicativa;
- resolver e interpretar situações-problemas que envolvam contagem e medida, comparação e ordenação de quantidades (que expressem grandezas familiares aos (as) alunos(as); expressar e registrar os resultados de forma diferentes;
- compreender os números naturais presentes em nosso cotidiano e que são utilizados com os mais diversos propósitos;
-desenvolver capacidades para localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada consultando biblioteca, videotecas, centro de informação e documentação, museus, publicações especializadas e redes eletrônicas, aprendendo a manejar a informação;
-analisar, sintetizar e interpretar dados, fatos  e situações, manejando símbolos, signos, dados, códigos e outras formas de expressão lingüística e numérica;
- compreender e atuar em seu entorno social na construção de uma sociedade democrática e igualitária, partindo da diversidade e  da diferença, requerendo receber informação e formação que lhes permitam atuar como cidadãos.

AVALIAÇÃO
REFERENCIAIS PARA AVALIAÇÃO


“ É UM PROCESSO  CONTÍNUO, SISTEMÁTICO, COMPREENSIVO, COMPARATIVO, CUMULATIVO, INFORMATIVO E GLOBAL, QUE PERMITE AVALIAR O CONHECIMENTO DO ALUNO.” Sant’Anna, Ilza Martins, Por que Avaliar? Como Avaliar?       pg  28.

Neste sentido pode-se estabelecer certo critérios  que poderão ser usados para tornar a avaliação significativa enquanto processo de ensino e aprendizagem  isso consiste em diagnosticar os problemas relacionados com a aprendizagem de forma contínua e sistemática, através de instrumentos que não sejam apenas para avaliação quantitativa e classificatória. É vital que o (a) professor(a) explique aos(as) alunos (as) a finalidade e o porquê de sua avaliação, os critérios que serão utilizados e a forma de aplicação das atividades.
A leitura de mundo, a compreensão do espaço vivido, a cartografia em todos os níveis e o entendimento  e articulação das diversas escalas com o município, o estado, o país e o mundo.
As atividades de avaliação podem ser individuais ou de grupo, através de expressões orais  e escritas, utilizando linguagens, gêneros textuais como:
  • PARTICIPAÇÃO NA ORALIDADE: Seja leitura de textos, reconto de histórias, apresentação de trabalhos de pesquisa ou dramatização em situações diversas.

  • EXECUÇÃO DE TAREFAS:  O aluno deve ser orientado para que  realize  as tarefas sem a interferência da família, pois  assim  o professor(a) poderá perceber as dificuldades e avanços do mesmo.

  • ATIVIDADES ESCRITAS NA SALA: textos, literatura, cartazes, filmes, músicas, dramatizações, obras de arte e outros. Saídas de campo, observações relatadas e registradas, entrevistas, questionários, representações cartográficas, croquis, cartas, mapas, análise de

  • censos gráficos, tabelas, materiais didáticos e paradidáticos. Enfim, são instrumentos relevantes para retratar a forma de realização dos trabalhos realizados durante todo o processo de aprendizagem.
Após orientação observar se seu aluno respeita margem, parágrafo, pontuação e acentuação. Verificar se faz auto-correção e também se consegue desenvolver todas as atividades propostas. Dessa forma, estará evidenciada a construção do conhecimento; mostrará o desenvolvimento das atividades e as dificuldades dos(as) alunos(as) para  retomar a prática pedagógica.

  • TRABALHO DE PESQUISA: As pesquisas devem ser orientadas, informando a bibliografia mínima a ser consultada bem como o roteiro. É recomendável que as  primeiras sejam feitas em sala de aula para que o aluno adquira uma postura adequada frente ao uso do material a ser explorado, como por exemplo, que não podemos riscar nos livros, deixar  os materiais organizados sempre que usar. É  ideal que os trabalhos de pesquisa sejam feitos no mínimo em duplas e no máximo com 04 alunos.

  • POSTURA DE ESTUDANTE: Neste item observamos como ocorre a atenção nas aulas; interesse pelos estudos, o capricho nas apresentações das atividades, bem como criatividade e originalidade e também respeito pelos colegas, professor e demais funcionários da escola.

  • AVALIAÇÕES:
Desempenho nas provas: estas devem ser desenvolvidas preferencialmente individual, e marcadas  com dias de antecedência. Fator necessário é parceria com os pais em documentos assinados e em forma de  portfólio.

  • Conclusão: o aluno deverá ser avaliado no processo de construção do conhecimento, ou seja, de forma contínua, sistemática e integral ao longo do processo ensino.

SISTEMA DE AVALIAÇÃO QUE NORTEIA O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.

Nos dois primeiros anos de escolaridade a avaliação assume  uma dimensão formadora fundamental com os princípios de acompanhar, analisar,pensar, planejar,  intervir.
            Portanto, na concepção de avaliação que estamos enfatizando como reguladora e  orientadora do processo de aprendizagem, duas funções são inseparáveis: diagnóstico e o monitoramento.Compreende-se processo avaliativo como progressão continuada  que é assegurar a aprendizagem das capacidades pertinentes em cada nível de escolarização. Nesta perspectiva a avaliação consiste em:

  • Observação da criança e registro do seu desenvolvimento e / ou dificuldades, considerando as áreas afetivas, cognitivas e psicomotoras. Estes registros feitos pelo (a) professor(a) fornecerão subsídios para redimensionar as práticas de ensino ( planejamento e execução) e a elaboração de relatório a respeito das produções das crianças em períodos de dois ou três meses;

  • Auto-avaliação onde  cada criança é encorajada a perceber-se como o sujeito de sua aprendizagem, registrando com desenhos e/ou escrita, suas observações, suas angústias e suas sugestões ao longo do processo;




  • Promoção de espaços para ouvir os pais ou responsáveis das crianças em relação a vida escolar da sua filha e do seu filho e a organização do trabalho pedagógico, objetivando a participação destes no processo  coletivo de reflexão sobre a sua aprendizagem e desenvolvimento;

  • Descrição afirmativa do que a criança aprendeu em documentos (boletins, cadernetas, e outros) a serem divulgados, publicizados para conhecimento dos pais ou responsáveis.

Os instrumentos de avaliação podem ser:

  • Registros, trabalhados individuais e coletivos:

  • Portfólio das crianças e adolescentes: organização das atividades, suas produções e registros.

A criança compete:

  • Analisar suas próprias produções;

  • Refletir sobre os conteúdos aprendidos;

  • Visualizar seus próprios percursos;

  • Explicitar suas estratégias de aprendizagem e suas  concepções sobre objetos de ensino para os( as) professores(as).

  • PORTFÓLIO DO (A) PROFESSOR: Organização de seus planejamentos  e registros, suas observações, suas  impressões e seus relatos que fazem das atividades realizadas com as crianças;

  • DIÁRIO DE CLASSE AMPLIADO:  Contendo registros do que as  crianças já aprenderam e do que falta aprender.

  • REGISTRO DA AUTO-AVALIAÇÃO: Realizada pela criança, professor (a), especialista em assuntos educacionais, direção, pais ou responsáveis e outros profissionais  envolvidos no processo.


É um procedimento de ensino importante levantar os conhecimentos prévios que a criança de seis anos tem sobre a escrita, pois se sabe que por viver numa sociedade letrada, há diferentes modos de acesso e contatos com a escrita. A  criança, portanto, muito antes de ingressar na escola, começa a aprender o que é a escrita.

Nesta perspectiva, o desafio da escola é inserir e possibilitar a vivência do mundo da escrita-alfabética e numérica objetivando o desenvolvimento da competência comunicativa através do domínio dos gêneros orais e escritos e a compreensão do sistema de numeração



decimal e a capacidade de resolver situações problema, dando condições as crianças de operar com os modos de pensar e produzir da cultura escrita.
            Os objetivos gerais propostos para o diagnóstico do 1º ano a ser realizado no início do ano letivo,  deverá contemplar:

            - verificação do grau de inserção da criança na cultura escrita, valorizando a cultura local dela e de seus pais;
            - reconhecimento dos ritmos de desenvolvimento humano das crianças considerando as características da sua infância e do contexto extra-escolar;
            -identificação dos conhecimentos prévios da língua oral e escrita, sistema de numeração decimal e resolução de situações- problemas que a criança experimenta na interlocução com outras  crianças e adultos em situações formais e informais;
            - conhecimento das hipóteses e concepções que as crianças possuem sobre o objeto da escrita na forma de discursos e gêneros orais e escritos de domínio público  privado, no entanto social, bem como do sistema de numeração decimal.

            Para obter informação a respeito do que as crianças já sabem e do que precisam aprender é importante organizar atividades que possibilitam ao(a) professor(a) investigar os conhecimentos prévios delas, no sentido de planejar as intervenções no processo de aprendizagem.
            A organização da avaliação diagnóstica do 1º ano investiga a experiência das crianças com a escrita e leitura, cálculos na resolução de problemas junto com os familiares e pessoas do relacionamento imediato das crianças, bem como da linguagem oral, no falar e escutar nos momentos de conversa informal/formal e na entrevista e visita a diferentes lugares na escola e no entorno social.
            Ao investigar  essas  experiências das crianças com a cultura escrita, propõe-se ao (a) professor (a) que:
            - explique  as crianças o objetivo da atividade de investigação da cultura escrita em que ela está inserida, bem como seu conhecimento dos processos e objetos de escrita    e leitura, e  de cálculos e de suas representações do que seja escrever, ler e contar;
            -trabalhe em grupo, numa roda, para exploração dos materiais e suportes de gêneros  textuais e numéricos ( caixas, jornais, revistas, livros, folhetos, folders, propagandas diversas de supermercados, lojas, farmácias, placas, relógios, livros, mapas, réguas, calendários, dinheiro,dentre outros);
            - organize entrevistas com os pais e ou responsáveis;
            -organize questões no que se refere à experiência das crianças sobre ESCREVER: O que  sabe? Quando e como aprendeu? Que coisas costumam escrever? Entre outras;
            - organize questões no que se refere à experiência das crianças sobre LER: que coisas costumam ler ou ter contato? O que já lêem? Entre outras;
            - organize questões no que se refere à experiência das crianças sobre Contar e Ler  números;
            -organize situações em que as crianças precisem expressar-se matematicamente ( maior que, menor que, a mais, a menos, antes, depois, etc);
            - organize situações de visita em lugares no entorno social das crianças, observando diferentes suportes de leitura e questões para que ela  possa comentar  e indicar a  diferença entre a escrita alfabética e numérica como outras formas de representação;
            -organize os registros com escrita, desenhos, fotografias, filmagens e outras formas que achar importante e os sistematize num documento.


OPERACIONALIZANDO O PLANEJAMENTO NA ESCOLA.

É  importante que os(as) educadores (as) promovam a reflexão, contínua e permanente, sobre a prática pedagógica; busquem, foco na criança partindo do conhecimento dos seus interesses e preferências, de suas formas de aprender, de suas  facilidades e dificuldades e  de como é seu grupo familiar e social, sua vida dentro e fora da escola, levando em consideração os diagnósticos ( REALIZADOS DURANTE O ANO LETIVO); sobre a importância do trabalho coletivo e a necessidade de assumirem o compromisso e responsabilidade qualificada da sua inserção sócio-cultural. Nesse sentido, tem-se o planejamento como uma ferramenta que possa contribuir de fato com as escolhas e com os trabalhos, os quais nós professores(as) somos chamados (as) a fazer nas escolas brasileiras e aqui especificamente nas municipais.

No entanto, é relevante destacar algumas considerações que podem subsidiar estas reflexões:

- A singularidade da infância, na direção de fazer a entrada da criança de seis anos  no Ensino Fundamental ser um  ganho para as  demais  e não ao contrário;
-O brincar como “um modo de ser e estar no mundo”, levando em conta a função humanizadora da cultura e sua contribuição para a formação da criança;
- As linguagens verbais artísticas e científicas como articuladoras de uma prática multidisciplinar, num contexto de letramento;
-O texto (nas várias linguagens), a partir do que os estudantes já conhecem como usuários da língua, mesmo aqueles que ainda não tem autonomia para decifrar o escrito;
-As relações entre Letramento e Alfabetização, para que se garanta que a criança alfabetize numa perspectiva letrada;
-A aprendizagem dos conhecimentos das Ciências Naturais das linguagens, relativos aos anos/séries do Ensino Fundamental, como possibilitadores de a crianças ampliar suas referências de mundo;
-A constituição de espaços coletivos de organização do trabalho pedagógico, o que inclui a decisão sobre normas, limites, horários, distribuição de tarefas, etc;
-Os critérios de organização das crianças em classes ou turmas, a definição dos objetivos por série ou ano, bem como o planejamento do tempo, espaço e matérias considerando nas diferentes atividades e seus modos de organização: hora de sala de aula, brincadeiras livres, hora da refeição, saídas didáticas, atividades permanentes seqüências didáticas, atividades de sistematização, projetos, etc;
-Programar a participação dos pais/comunidades. Não se pode esquecer  que são suas histórias, suas profissões, seus modos de entender e agir no mundo constituem a identidade das crianças, nossos alunos na escola;
- O planejamento do ano deve levar em conta o plano/projeto da escola e as  crianças concretas de sua turma;  seus conhecimentos, interesses, necessidades, as  condições reais de seu trabalho, sua trajetória profissional, bem como os objetivos pedagógicos para os estudantes da educação infantil e dos anos iniciais/finais do Ensino Fundamental;
- O tempo didático deve ser organizado de forma flexível, possibilitando que   retomem perspectivas e aspectos dos conhecimentos tratados em diferentes situações didáticas e considerar que as pessoas aprendem de formas diferentes, por isso é  importante variar a forma de organizar o seu  trabalho  didático(MEC,2006,passim).
 SME, neste movimento de ressignificação curricular e de contemplar a criança e o jovem como sujeitos de direitos, tem priorizado ações e projetos de forma a qualificar a educação realizada pelas escolas municipais. Dentre estes destacam-se:



→PROJETO ESCOLA SÓCIO AMBIENTAL

A Escola Sócio Ambiental (ESA) é uma escola de ensino não-formal que trará da formação de crianças e adolescentes oriundos de famílias de baixa renda e ou, havendo disponibilidade de vagas, crianças identificadas comas as questões sociais e ambientais. Foi constituída a partir de um convênio entre a Prefeitura Municipal de Piratuba e a Machadinho Energética S/A, tendo o apoio da EPAGRI e outras Instituições Governamentais e Não Governamentais que atuam no município.
Nesta escola participam crianças de nove a quatorze anos, selecionadas pela Assistência Social e Secretaria Municipal de Educação do Município, em um total de 60 alunos, distribuídos em grupos de quinze crianças por turno, sendo que cada grupo freqüenta a escola duas vezes por semana, sempre em período contrário ao da escola formal. Os critérios de organização dos grupos podem ser alterados conforme a necessidade e a realidade das crianças, podendo variar entre sexo e idade.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

  • Sensibilizar a sociedade para a importância de valorização da cultura ambiental da população diante do desafio de um novo modelo pedagógico;
  • Estimular crianças e adolescentes a participar de atividades de qualificação, concomitantes ao processo educativo formal, através de competências e habilidades que garantam a eficiência desse novo processo dentro de suas reais necessidades;
  • Promover a convivência em grupo das crianças e adolescentes durante as atividades educativas e laborais;
  • Oportunizar o conhecimento nas áreas agronômicas de plantio e produção de mudas florestais, ornamentais, medicinais e olerícolas;
  • Integrar-se à sociedade pela oferta e plantio de plantas ornamentais para embelezamento das propriedades e da cidade;
  • Produzir e fornecer mudas para recuperação ambiental e uso nas propriedades;
  • Integrar a educação formal  e aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável;
  • Disponibilizar a unidade para fins de educação ambiental, visando conscientizar da importância de preservar o meio ambiente.

PROJETO SAÚDE NA ESCOLA
OBJETIVO GERAL:

 Saúde e Educação juntas desenvolvem o Programa Saúde na Escola, com a preocupação de contribuir para a formação integral dos estudantes da rede pública de educação básica por meio das ações de prevenção, promoção e atenção a saúde. Todos os alunos da Rede Municipal de Ensino serão assistidos por esse programa, que tem as seguintes características:

Objetivos específicos

         Realizar diagnóstico da saúde dos alunos;
         Proporcionar ações de saúde preventiva em parceria com a escola e a família;
         Monitorar e acompanhar a saúde dos estudantes;
         Criar um histórico clínico de cada estudante para posteriores consultas.

Quem participa:

         Equipe de saúde da Unidade Mista: médico, dentista, fisioterapeuta, psicóloga, assistente social, fonoaudióloga;
         Educação: professores, diretores, profissional de Educação Física, nutricionista.

Como funciona:

         Apresentação do programa à comunidade escolar;
         Escola encaminha aos pais ou responsáveis documento de autorização, seguido de questionário com informações que os pais devem responder, sobre a saúde dos filhos. Este questionário deve ser devolvido para a escola na data marcada;
         Dia do mutirão da saúde: em data marcada,  a equipe de saúde vai até a escola e faz o primeiro diagnóstico com os alunos, baseando-se também, no questionário respondido pelos pais;
         A equipe de saúde faz o levantamento dos dados;
         Formam-se grupos para atendimento individualizado. EX: crianças com problemas dentários serão atendidos pelo dentista, na escola ou na Unidade Mista.

PROJETO SEGUNDO TEMPO.

OBJETIVO GERAL:           

Democratizar o acesso ao esporte educacional e de lazer para crianças, adolescentes e jovens no contra turno escolar, promovendo a inclusão social e  desenvolvendo os aspectos físicos motor, cognitivos e sócio afetivo, também oportunizar diferentes vivenciais praticas nas diversas modalidades e aspectos culturais respeitando suas individualidades. E gêneros.


OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Desenvolver nos alunos capacidades motoras físicas, cognitivas, sócio, sócio afetivas, através de varias atividades trabalhadas.
- Construir através de praticas diversas o respeito mutuo quanto a raça, gênero, classes social e capacidades físicas, problematizando fatos que passam vir acontecer.
-Estimular  através das atividades desenvolvidas o prazer e satisfação motivando os alunos a participar da aula.
- Discutir e construir praticas esportivas a partir do conhecimento prévio, das condições e das potencialidades do grupo.
- Oportunizar o acesso a diferentes modalidades esportivas e a manisfestações da cultura regional.
- Oferecer práticas que contextualizem temas quanto a preservação e conservação do meio ambiente.
- Estimular as crianças a adquirir hábitos de vida saudáveis melhorando sua qualidade de vida.
- Desenvolver atividades de integração e socialização entre  os núcleos do municípios vizinhos.
-Oferecer atividades que envolvam os alunos, família, escola e sociedade  inseridos no contexto do PST.
- Dar condições de acesso as crianças e adolescentes para que possam participar das atividades oferecidas pelo PST.
- Promover nas  crianças a conscientização ambiental.
- Favorecer através de atividades diversificadas a criatividade a construção de regras, ampliando seus conhecimentos sobre o que foi proposto.
           

→ PROJETO APRENDER APRENDENDO EM CASA.
     
OBJETIVO GERAL:  zerar índice de analfabetismo no município.

OBJETIVO ESPECÍFICO:
 - Oportunizar  o aprendizado para aqueles  que  por algum motivo não conseguiram  estudar no seu referido tempo com atendimento em sua residências.


→OUTRAS AÇÕES:

Resgate Cultural das Origens do Povo Piratubense

            No ano de 2010 comemora-se o Centenário de Fundação da Vila do Rio do Peixe, uma intensa programação está sendo planejada pela administração municipal nesse sentido. A Secretaria de Educação, através de suas escolas, contribuirá com a apresentação de trabalhos realizados por alunos acerca de vários aspectos já estudados em anos anteriores, e ampliados em 2009. Estes  fazem parte de projetos que visam o conhecimento e a valorização da cultura e do povo piratubense, entre eles “Piratuba, Terra Boa”, “Origens”, “Piratuba, Cidade do Bem-Viver”, entre outros. Nesse sentido, foram produzidos materiais sobre a Cultura Cabocla e  a colonização italiana, e a cultura alemã, predominante em nosso município.   Dessa forma, monta-se uma trilogia da colonização de Piratuba, sob o ponto de vista da educação municipal, aliada a uma aprendizagem significativa nas escolas municipais.
            Nos anos subseqüentes, outros temas poderão serão abordados e estudados, conforme a necessidade e adequação do momento histórico vivido.